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Mapai tem apenas um único telefone público

O Posto Administrativo de Mapai, distrito de Chicualacuala, província meridional de Gaza, é um mercado fértil para os interessados em operar no mercado das comunicações, porque o distrito possui apenas uma única caixa telefónica ao serviço dos 14.500 habitantes. A falta de cabines preocupa os residentes do posto, porque sempre que quiserem dar e receber notícias de familiares residentes, quer em Chókwè a cidade mais próxima, quer na África do Sul onde muitos trabalham, têm de suportar uma longa fila na única cabine lá existente.

Os residentes, que não têm outra alternativa, não ocultaram o seu descontentamento na visita que o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, efectuou recentemente aquele posto, no âmbito da sua Presidência Aberta e Inclusiva, para se inteirar dos problemas dos distritos, localidades e postos administrativos.

No comício que o Presidente orientou naquele posto, os residentes disseram que Mapai possui telemóveis em quantidade e qualidade, porém servem apenas para escutar música e nalguns casos tirar fotografias em ocasiões festivas. Os jovens, na sua maioria, possuem telemóveis dotados de tecnologias altamente modernas, mas não podem usar na comunicação com os seus familiares, porque a rede das duas operadoras de telefonia móvel moçambicano ainda não chegou aquele posto administrativo. Caso queiram falar aos telemóveis têm de percorrer cerca de 84 quilómetros até Chicualacuala, sede do distrito, para conseguirem se conectar a rede de telefonia móvel e manter uma conversação, porque em Mapai o único meio existente é uma cabine de telefone fixo, bastante concorrido.

Guebuza, que tanto para este quanto os outros problemas apresentados no comício não prometeu soluções, reconheceu a legitimidade da preocupação das populações, explicando que as comunicações tem um papel preponderante na vida das pessoas, principalmente no estilo de vida que as pessoas levam nos dias de hoje.

No passado, segundo Guebuza, as pessoas comunicavam-se por via de cartas escritas, que enviavam aos familiares distantes, mas esta via já não é suficiente para preencher as necessidades de comunicação das famílias. “Na carta, por exemplo, não podemos rir quando queremos manifestar um sentimento de grande alegria sobre algo que nos aconteceu, ou até altura em que ela chegar ao destinatário haverá uma nova realidade entre nós”, indicou o Presidente.

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