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Africa/necessário acelerar o ritmo da integração económica

A Comissão da União Africana (CUA) afirma haver alguns progressos rumo a integração económica de África, mas reconhece haver ainda alguns obstáculos por ultrapassar para a concretização deste desiderato. Maxwell Kwezalamba, comissário para assuntos Económicos da UA, falando hoje a jornalistas a margem da XV Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, cujos trabalhos iniciam Domingo na capital ugandesa, Kampala, apontou entre os obstáculos que retardam a integração económica o défice nos financiamentos e a fraca participação do sector privado e da população em geral.

O comissário desta organização continental defendeu, na ocasião, que o sector privado tem um papel determinante a desempenhar para garantir que este sonho seja uma realidade. “Realizamos grandes progressos em alguns sectores, no entanto, temos de acelerar o ritmo”, disse Mkwezalamba, recordando que a integração económica constitui a principal preocupação no seio da Comissão da UA.

“A integração é a nossa principal preocupação no seio da Comissão da UA que trabalha sem mãos a medir na realização duma África unida. Temos de acelerar este processo no quadro do Tratado de Abuja (Nigeria)”, apelou. Projectos a implementar. Este Tratado foi assinado em 1991, tendo entrado em vigor desde 1994.

Na conferência de imprensa, Mkwezalamba revelou que a CUA concebeu, para acelerar o ritmo, um programa mínimo de integração depois de identificar alguns sectores prioritários, entre eles a agricultura e a segurança alimentar, infra-estruturas, energia, livre circulação de pessoas, bens e serviços, bem como as zonas de livre comércio, tendo sido também identificados alguns projectos concretos nestes sectores.

A coordenação de projectos, segundo Mkwezalamba, permanece, neste momento factor essencial para que nenhum ponto do continente seja esquecido durante a sua implementação. Apesar dos obstáculos, de acordo com Mkwezalamba, a Comissão da UA trabalha com os bancos centrais da África com vista a estabelecer uma moeda única para o continente apesar dos numerosos obstáculos com que se confronta, uma iniciativa que se espera ver concretizada em 2021, segundo estudos feitos nesse sentido.

A XV Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA, que decorre até Terçafeira, tem como lema “Saúde Materno- Infantil e da Criança, e Desenvolvimento de África”. Este tema foi proposto por Moçambique em 2007, dai que, o presidente moçambicano, Armando Guebuza, que desde sábado se encontra na capital ugandesa para participar no evento, poderá ser um dos principais oradores em torno do mesmo.

Horas depois da sua chegada, Guebuza participou duma sessão especial dedicada ao tema sobre as mudanças climáticas, que teve como destaque uma proposta de coordenação ao nível dos negociadores, que são os peritos, e dos ministros, com a Conferência dos Chefes de Estado de África para as Mudanças Climáticas. Fonte da delegação moçambicana revelou haver propostas segundo as quais a RDCongo seja a coordenadora ao nível dos peritos e a Argélia ao nível dos Ministros.

O Mali deverá estar na coordenação entre os peritos e Ministros com o coordenador da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo de África, que é o Primeiro Ministro da Etiópia, Meles Zenawi.

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