O sistema eleitoral britânico favorece o Partido Trabalhista do primeiro-ministro Gordon Brown, mas os conservadores britânicos de David Cameron parecem ser os mais bem posicionados para retornar ao poder que perderam em 1997, nas próximas eleições gerais de 6 de maio.
Veja a seguir as principais características do sistema eleitoral britânico:
– O primeiro-ministro britânico pode anunciar eleições a qualquer momento de seu mandato, depois de pedir à rainha que dissolva a Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento britânico. Uma vez eleita, essa câmara tem um tempo de vida variável, limitado ao máximo de cinco anos.
– As eleições ocorrem mediante um sistema “uninominal majoritário”, que ocorre em apenas apenas um turno em cada circunscrição. Ou seja, o eleitor escolhe um candidato entre vários, e o candidato que obtém o maior número de votos é eleito para representar essa circunscrição. Esse sistema joga a favor dos trabalhistas, que reúnem um recorde de circunscrições favoráveis.
– As 650 circunscrições da Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte são formadas por 70.000 eleitores, que escolhem um deputado para representá-los na Câmara dos Comuns. – Os eleitores escolhem seus deputados, mas não diretamente o primeiro-ministro.
– O partido que consegue a maioria absoluta na Câmara dos Comuns forma um governo e seu líder converte-se em primeiro-ministro. – Os líderes dos principais partidos também são deputados.
– É pouco comum acontecer de nenhum partido conseguir a maioria absoluta na Câmara dos Comuns, mas segundo as pesquisas, isso poderá ocorrer este ano. Essa situação pode levar a uma coalizão ou a um governo minoritário.
– No entanto, na última vez em que isso ocorreu, em 1974, foi necessário convocar eleições depois de nove meses para sair da situação denominada “hung parliament” (parlamento sem maioria absoluta).