Desportivo e Liga Muçulmana encontram-se no ex-campo do Maxaquene, a partir das 15 horas deste domingo. Duas equipas alegres, concentradas no bom futebol, ainda que as intenções não redundem nos pontos desejados para alcançar objectivos. Os adeptos moçambicanos agradecem a postura, aquele pendor ofensivo que nem sempre encontra o contributo dos adversários para o espectáculo. Mas uma palmada nas costas não coloca comida na mesa.
Em suma, o bom futebol chega para garantir vitórias, para pensar nas competições africanas ou para andar nos lugares cimeiros do Moçambola? A equipa da casa anda por cá há mais tempo. Akil Marcelino é o timoneiro conhecido de uma nau que, com Semedo, adversário no próximo domingo, traçou rotas surpreendentes. O passado recente, porém, denuncia alguma quebra de produção.
Contudo, Desportivo e Liga Muçulmana têm o mesmo objectivo, mas por motivos diferentes. Alvi-negros e muçulmanos só podem pensar na vitória. Um outro resultado que não um triunfo pode significar um duro revés aos objectivos traçados pelas duas formações. Em termos de história, embora valendo o que vale, como dizem os entendidos na matéria, o Desportivo é o natural favorito ao triunfo.
Na época passada, os alvi-negros, comandados por Semedo, derrotaram os muçulmanos numa partida que só teve um golo. Mas o mais curioso é que, no Moçambola 2009, os actuais pupilos de Artur Semedo, nem mesmo no seu reduto conseguiram averbar qualquer triunfo sobre os alvi-negros. Se tal vier a acontecer, será histórico e elevará a confiança da equipa para os próximos desafios.
Costa do Sol-Maxaquene: sirene de alerta toca no mar
Agora não há volta a dar. João Chissano, com um início de campeonato titubeante, muito por culpa do ciclo complicado de deslocações que compreendeu uma recepção ao Atlético Muçulmana e deslocações tradicionalmente complicadas a Songo e ‘Lichinga’. No total, conseguiu um ponto na recepção. Por isso, em casa, frente a uma equipa do mesmo campeonato, só pode haver uma missão: vencer.
Em caso de triunfo, o Costa do Sol tem uma garantia: terminará a jornada em mares um pouco mais navegáveis, mas não poderá ultrapassar o Maxaquene na luta pelo título. Um empate deixa tudo na mesma, com a agravante da redução do tempo para a recuperação. Uma derrota poderá ser decisiva. Se perder, o Costo de Sol poderá fica a oito pontos do pelotão da frente: Maxaquene e Ferroviário, com 7 pontos à entrada para a quarta jornada. Tarefa complicada.
A equipa de Arnaldo Salvado, por seu turno, parte com uma tarefa não menos delicada. É que este triunfo pode ser dos mais importantes da época, na medida em que cava um fosso de oito pontos para um adversário directo que permite à equipa gerir melhor o que falta da primeira volta do campeonato.
O encontro, que não se vai jogar no campo dos canarinhos devido aos problemas criados pelas últimas chuvas que cairam em Maputo, é, por isso, de capital importância para se perceber o rumo que levará a luta pelo título. Mais decisivo para o Costa do Sol, que não pode perder, mas igualmente importante para o Maxaquene que, se ganhar, recebe um gordo balão de oxigénio.
Programa de jogos da 4ª Jornada:
SÁBADO
Estádio da Machava 15h – Costa do Sol-Maxaquene
Campo do Maxaquene (Baixa) 15h – Matchedje-Ferroviário Maputo
Estádio Municipal de Vilankulo 15h – Vulankulo FC-FC Lichinga
DOMINGO
Campo do Maxaquene (Baixa) 15h – Desportivo-Liga Muçulmana
Campo da Soalpo 15h – Ferroviário Pemba-Textáfrica
Campo do Fer. Beira 15h – Sporting-Ferroviário Beira
Estádio de Songo 15h – HCB de Songo-Atléticio Muçulmano