Os investigadores identificaram uma mulher nascida em 1982, natural do Daguestão – uma conturbada república do Cáucaso russo – como a segunda mulher-bomba dos atentados da semana passada no metrô de Moscou, informaram à AFP os Serviços Especiais (FSB, antiga KGB). “A terrorista que detonou o cinturão de explosivos na estação de metrô de Lubianka era Mariam Sharipova, nascida em 1982”, disse um porta-voz do FSB.
Os atentados de 29 de março em Moscou provocaram 40 mortes. A mulher era natural do Daguestão, segundo o comitê antiterrorista da Rússia. Mariam Sharipova era esposa de um dos líderes rebeldes desta república do Cáucaso, Magomedali Vagapov, segundo a agência Interfax. Os investigadores russos não sabem se Vagapov está ou não vivo.
Numa entrevista ao jornal de oposição Novaia Gazeta, publicada em 2 de abril, o pai da jovem, Rassul Magomedov, contou ter reconhecido a filha ao ver fotos da mulher-bomba na internet. Mariam Sharipova não tem o mesmo sobrenome do pai porque, segundo a tradição do Daguestão, o sobrenome é formado a partir da base do nome do avô. As autoridades anunciaram na sexta-feira ter identificado uma adolescente de 17 anos, Dzhennet Abdurajmanova, também nascida no Daguestão, como a mulher-bomba da estação de Park Kultury.
A adolescente era viúva do combatente rebelde Umalat Magomedov, que foi morto em 31 de dezembro em uma operação especial. Os atentados de Moscou foram reivindicados pelo líder do grupo rebelde islâmico “Emirado do Cáucaso”, Doku Umarov. Em um vídeo divulgado em 31 de março, o líder rebelde afirmou que foram um “ato de vingança” por uma operação especial executada pelas tropas russas em 11 de fevereiro na Inguchétia, e prometeu novos atentados.