Os preços do petróleo superaram um início de sessão difícil e fecharam acima dos 80 dólares em Londres e dos 81 em Nova York esta segunda-feira, em um mercado que evolui para uma maior tomada de riscos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em abril terminou a 81,25 dólares em seu último dia de cotação, em alta de 57 centavos em relação à sexta-feira.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 66 centavos, fechando a 80,54 dólares. “O apetite pelo risco aumentou” no decorrer da sessão, constatou Bart Melek, da BMO Capital Markets. O dólar, que se fortaleceu na abertura do mercado nova-iorquino, finalmente retrocedeu, principalmente ante o euro, após a moeda europeia tocar seu piso em três semanas. “Não é um movimento particularmente espetacular”, afirmou Bart Melek, mas que demonstra a mudança de opinião do mercado.
O maior otimismo se traduziu na alta dos índices da bolsa de Nova York. O barril de WTI superou assim os 81 dólares, após abrir abaixo dos 79 dólares. No início, os preços do cru foram afetados pelo fortalecimento do dólar e pelos temores pelo aumento das taxas, decidido na sexta-feira pela Índia. “A perspectiva de que se produzissem altas adicionais no mundo tem um impacto negativo sobre os contratos de petróleo”, observou Joseph Hargett, da Schaeffer´s Investment Research.
O anúncio proveniente da Índia “envia o sinal de que a inflação na Ásia pode ser muito elevada e que a China pode seguir” pelo mesmo caminho, afirmou Phil Flynnde, da PFG Best Research. Os gigantes asiáticos são, atualmente, os motores do consumo de matérias-primas. A intenção da China de evitar o reaquecimento de sua economia já havia afetado o mercado no início do ano.