A bolsa de Nova York se recuperou nesta segunda-feira e alcançou novos níveis em um ano e meio, impulsionada pelo setor da saúde, depois da aprovação da reforma do sistema de seguros nos Estados Unidos.
O Dow Jones fechou em alta de 0,41% e o Nasdaq, de 0,88%. Segundo cifras definitivas no fechamento, o Dow Jones Industrial Average subiu 43,91 pontos a 10.785,89 unidades e o Nasdaq, de alto componente tecnológico, subiu 20,99 pontos a 2.395,40. O índice ampliado Standard & Poor’s 500 aumentou, por sua vez, 0,51% (5,91 pontos), a 1.165,81 pontos.
Depois de abrirem no vermelho, os índices de Wall Street apagaram rapidamente suas perdas, atingindo assim seus maiores níveis desde outubro, agosto e setembro de 2008, respectivamente. “É uma alta tranquilizadora”, avaliou Peter Cardillo, da Avalon Partners. Depois de meses de discussões, a Câmara de Representantes americana aprovou neste domingo um projeto de lei para reformar o sistema de saúde, que deverá ser promulgado em breve pelo presidente Barack Obama.
“Há algo que o mercado detesta acima de todas as coisas: é a incerteza”, comentou Gregori Volokhin, da Meeschaert New York. “Não existe mais esta incerteza com relação ao plano de saúde e é positivo dissipar esta incerteza sobre o enfraquecimento – que começava a se tornar incômodo – do presidente Barack Obama”, acrescentou.
Os laboratórios farmacêuticos e os seguros de saúde fecharam em alta. A reforma “aumentará de forma espetacular a cobertura de saúde, levando cerca de 16 milhões de novos clientes potenciais ao setor do seguro de saúde”, explicou Frederic Dickson, da DA Davidson.
O mercado de obrigações subiu levemente. O rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos perdeu 3,663% contra 3,687% na noite de sexta-feira e o dos títulos a 30 anos, 4,569% contra 4,579%. O rendimento das obrigações evolui em sentido contrário ao de seus preços.