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Primeiro Ministro do Iraque pede nova contagem de votos; Comissão Eleitoral rejeita

O atual primeiro-ministro do Iraque, Nuri al Maliki, em luta feroz pelo poder com o adversário laico Iyad Allawi, pediu este domingo uma nova contagem manual dos votos das eleições legislativas de 7 de março, mas recebeu uma recusa da Comissão Eleitoral.

O Partido de Iyad Allawi denunciou imediatamente “ameaças claras” e “pressão” por parte de Nuri al Maliki. Superado em número de votos por Iyad Allawi, Al Maliki não se conformou e encaminhou seu pedido à Comissão Eleitoral. Destacando que na qualidade de “comandante das forças armadas” e reponsável “pela política do país” – funções que lhe cabem, na qualidade de primeiro-ministro – explicou que havia solicitado a nova contagem “para preservar a estabilidade política, impedir uma degradação da segurança e a volta da violência”.

O presidente da Comissão Eleitoral iraquiana, Faraj al Haidari, negou-se a atender o pedido. Segundo Haidari, isso levaria “muito tempo”. “Temos proporcionado a todas as entidades políticas discos informatizados com os resultados da contagem de votos nos centros eleitorais, devidamente confirmados”, disse Haidari. “Se duvidarem ou acharem que haja erros, que nos avisem para a recontagem num determinado centro, não em todo o Iraque”, acrescentou. “Há sinais de manipulações durante a contagem que são motivo de preocupação e descontentamento por parte da opinião pública”, afirmou à AFP um assessor de Maliki, Ali al Mussawi.

Segundo os resultados publicados sábado pela Comissão Eleitoral, depois da contagem de 92% dos votos, a chapa de Allawi, o Bloco Iraquiano, está com 7.928 votos a mais que a lista de Maliki, a Aliança do Estado de Direito (AED). No total, Allawi já obteve 2.535.704 de votos, contra 2.543.632 dados a Maliki. Segundo a Comissão Eleitoral, os resultados definitivos só serão divulgados dentro de alguns dias, negando-se a citar uma data precisa.

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