Acabou a discussão em torno do uso da tecnologia para ajudar os árbitros de futebol. A International Football Association Board (IFAB), responsável por fazer mudanças nas regras do futebol, vetou no passado sábado a realização de experimentos tecnológicos que poderiam ajudar os árbitros em lances polêmicos durante os jogos.
A decisão de impedir o uso de instrumentos tecnológicos foi tomada depois que especialistas fizeram apresentações com novas tecnologias para auxiliar os juízes através de imagens de vídeo. Estas alternativas já vinham sendo testadas em alguns jogos, principalmente nos casos em que havia dúvida sobre a entrada da bola na baliza.
Contudo, a IFAB resolveu encerrar essas pesquisas, que previam o uso de “bolas inteligentes”, providas de microchips (sistema chamado de Cairos), e de potentes câmeras para registrar as jogadas (chamado de Olho de Águia), equivalente ao “Desafio” utilizado no tênis. A entidade, porém, deixou em aberto a possibilidade de utilizar árbitros extras atrás de cada baliza para, nos casos de dúvida, verificar se a bola realmente entrou.
Essa alternativa será debatida pela IFAB numa reunião especial, que será realizada nos dias 17 e 18 de maio. “A tecnologia não deverá entrar neste desporto. Devemos confiar e manter o futebol como um jogo em que prevalece o lado humano”, declarou o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, após a reunião deste sábado. “Esta decisão não apenas congela a busca por instrumentos tecnológicos. Ela encerra essa pesquisa”.
Se depender da entidade máxima do futebol, casos espinhosos como o golo polêmico da Inglaterra na final da Copa de 1966, contra a Alemanha, continuarão acontecendo no futebol. Outras possíveis decisões da International Board foram adiadas: a permissão ou não do uso da paradinha nas cobranças de pênaltis, por exemplo, só será decidida em maio. O uso de um quarto árbitro também é dúvida.