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Produção de Jatropha em risco de abandono

A prática da cultura de jatropha na província de Nampula está em risco de abandono, uma situação que resulta da falta de intervenientes para a comercialização daquela matéria prima para a produção de biocombustiveis.

A situação é mais critica nos distritos de Meconta e Muecate, onde os produtores que apostaram naquela cultura desde que foi introduzida, há cerca de três anos, abandonaram o tratamento dos campos esperando pela reversão do comportamento do mercado que, actualmente, lhes é desfavorável. A produção de jatropha das tês ultimas campanhas está, ainda, na posse dos produtores do sector familiar que acreditavam no interesse por parte dos industriais do ramo de biocombustiveis que estão a emergir na província, visando a sua compra a preços competitivos.

O director provincial da Agricultura em Nampula, José Varimelo, precisou que todos os 21 distritos de Nampula tinham uma meta de produção de jatropha numa área estimada em quinze hectares. Tratando-se de uma cultura em introdução, o resultado das colheitas devia ser aprovisionado pelos produtores para constituição do banco de sementes, de onde os interessados poderiam adquirir aquele insumo para sementeira nas campanhas agrícolas dos anos seguintes. Porém, José Varimelo observou que o volume cumulativo resultante da colheita de jatropha das três primeiras safras não é suficiente e, consequentemente, não justifica a sua comercialização.

E sublinhou que a Companhia Industrial do Monapo, que já montou o equipamento para a produção de biocombustivel, também não efectuou a compra de jatropha por considerar insuficiente a produção conseguida, até o momento, ao nível do sector familiar. No entanto, a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, que trabalhou na província durante três dias chefiando uma brigada do Conselho de Ministros para acompanhar o grau de implementação do programa quinquenal do governo nos primeiros cem dias, instou o executivo de Nampula no sentido de promover acções de sensibilização aos produtores em relação ao comportamento do mercado.

Pois que tal exercício evita a desmotivação dos produtores em relação à prática das culturas com dificuldades de colocação no mercado, para além de reforçar a relação entre aquela classe e as autoridades governamentais de nível distrital.

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