Moçambique projecta produzir 1.516.399 toneladas de alimentos na segunda época da campanha agrícola 2009/2010 que arranca em Abril próximo, anunciou hoje à imprensa o portavoz substituto do Conselho de Ministros, Henrique Banze.
As previsões apontam para a produção de 92.818 toneladas de milho, 22.078 de trigo, 24.572 de feijão vulgar, 178.526 de batata reno e 1.198.405 de hortícolas. Segundo Banze, a área de milho vai cobrir abranger cerca de 84.380 hectares, trigo (17.460), feijão (44.677), batata reno (15.957) e hortícolas (50.560). Depois do insucesso da primeira época, sobretudo na zona sul e centro devido a falta de chuvas que afectou cerca de 39 por cento da produção agrícola, o Governo está apostado em garantir uma maior produção e produtividade na segunda época.
“A estratégia do Governo será apoiar estas acções fundamentalmente em sementes agrícolas para as várias culturas e fornecimento de motobombas para a irrigação de forma a fazer-se um maior aproveitamento da água disponível para aumentar a produtividade. Acima de tudo, temos que incentivar as populações e os camponeses para que se possam engajar na produção e garantir maior produtividade em termos de qualidade e quantidade do que vamos produzir” referiu.
O Governo também vai incentivar a produção de culturas resistentes a seca na segunda época. “As populações devem estar adaptadas a situação de escassez das chuvas e apostar na produção de culturas resistentes a seca” frisou. Segundo dados oficiais, a escassez de chuvas afectou 61 distritos das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica, Tete e Zambézia, colocando 785 mil famílias numa situação de risco de insegurança alimentar.
O Governo acreditava que esta seria a melhor campanha agrícola dos últimos tempos, tendo com consideração os preparativos da mesma, que incluiu a entrega atempada de insumos, sementes e outros meios para posterior distribuição pelos camponeses. Em todo o país foram distribuídos quarenta tractores que se vão juntar aos cinquenta adquiridos em 2008 no quadro da preparação da campanha, o que faz antever uma boa safra agrícola produtiva.
As projecções do executivo apontavam para a produção de 2.9 milhões de toneladas de cereais, o que representa um aumento de 11 por cento em relação a anterior, 9.9 milhões de toneladas de mandioca, equivalente a uma evolução de oito por cento, e um incremento de quatro por cento na produção de leguminosas. Contudo, estas projecções foram seriamente comprometidas devido à queda irregular das chuvas que afectou cerca de um milhão de hectares.
