As autoridades policiais em Inhambane, no sul de Moçambique detiveram, no último fim-desemana, na praia da Barra, cinco estrangeiros e um agente da Polícia moçambicana (PRM) alegadamente por estarem envolvidos na pilhagem de recursos marinhos naquela parcela do país.
Na mesma operação, a Polícia apreendeu uma embarcação de origem turca que se encontrava atracada no alto mar devido à falta de combustível. Segundo o porta-voz da PRM em Inhambane, os seis indivíduos, dos quais dois nigerianos, três turcos e um moçambicano, foram detidos quando tentavam comprar combustível para abastecer a embarcação. A referida embarcação, que se dedica a pesca semi-artesanal, não tem autorização para entrar no país, segundo as autoridades policiais. Entretanto, os detidos afirmam que pagaram 8 mil Meticais de taxa de atracar na baia da Barra.
O agente da PRM detido afirmou que os estrangeiros tinham um documento que confirma a sua autorização para navegar nas águas moçambicanas. Este agente, segundo a Televisão de Moçambique (TVM), fez-se passar por um “vendedor” no mercado informal do Estrela Vermelha em Maputo, tendo depois se descoberto que o mesmo é agente da corporação que se envolvia numa actividade duvidosa e ilícita. O agente, cujo nome não foi revelado, afirmou que foi contactado pelos nigerianos para arranjar combustível para abastecer a embarcação.
O porta-voz da PRM disse que a Polícia foi alertada sobre a existência de uma embarcação estranha por um pescador. Neste momento decorrem investigações para apurar as razões e legalidade da presença daquela embarcação nas águas moçambicanas.
Entretanto, as autoridades policiais acreditam que estes estão envolvidos na pilhagem de recursos marinhos, mas não descarta a possibilidade de envolvimento no narcotráfico.