A cidade de Maputo acolheu na última quinta-feira, 14 de Agosto, o 1.° Congresso de Governação Corporativa, promovido pelo Instituto de Governação Corporativa de Moçambique (IGCmz), em parceria com o Standard Bank e a Universidade Politécnica.
Sob o lema “O Papel da Governação Corporativa na Era do Redesenho dos Modelos de Negócios”, o evento reuniu líderes e gestores empresariais, académicos, especialistas, para além de representantes do Governo que partilharam experiências e discutiram caminhos para fortalecer a adopção de boas práticas de governação corporativa no País.
A cerimónia de abertura foi dirigida pelo ministro da Economia, Basílio Muhate, que realçou a importância do evento, tendo afirmado que surge numa altura oportuna para o País, dada a necessidade premente de fortalecer os princípios de integridade, ética e transparência na gestão pública e privada: “Este Congresso constitui uma plataforma para as organizações alinharem as práticas de governação com os padrões internacionais, vectores da eficiência e da competitividade empresarial”.
Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do IGCmz, Daniel Tembe, explicou que a iniciativa foi concebida para gerar uma mudança de mentalidade e mobilizar as empresas para a adopção de práticas sólidas de governação.
Daniel Tembe referiu que, apesar dos avanços que tem registado, a aplicação da governação corporativa no País ainda é incipiente, o que reforça a necessidade de accções concretas. “Este congresso visa despertar as pessoas para a importância deste tema, que é a governação corporativa, de modo que as empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, passem a aplicar. As empresas devem estar organizadas, focadas e aplicar as melhores práticas de regulação corporativa ao nível internacional”, frisou.
Por seu turno, a presidente do Conselho de Administração do Standard Bank, Esselina Macome, explicou que, ao associar-se ao evento, o Banco pretende promover o debate sobre a governação corporativa nas instituições do País, como forma de contribuir para o seu fortalecimento.
Por isso, “a nossa expectativa é que as organizações que estiveram aqui e as demais comecem, efectivamente, a tornar a governação das nossas instituições mais transparente, mais ética e alinhada com as boas práticas”, apelou Esselina Macome, que destacou a qualidade das intervenções e dos debates havidos no decurso do congresso, o que, para si, contribuiu para a definição de caminhos concretos para a adopção de uma governação mais ética e transparente.
Para o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, o congresso foi mais do que um encontro técnico, tendo-se transformado num espaço de reflexão sobre os desafios e oportunidades da governação corporativa em Moçambique. Defendeu o papel da academia na discussão do tema, pois, acrescentou, desempenha um papel primordial na relação entre o conhecimento científico e as práticas empresariais.
“Num contexto em que a integridade, a transparência e a responsabilidade se posicionam como pilares indispensáveis para a sustentabilidade dos negócios, este é também um momento de abrir as portas e estender o debate para além das paredes da academia, contribuindo, assim, para a ligação efectiva entre o conhecimento científico e as práticas institucionais e empresariais”, concluiu.
