O ministro moçambicano do interior, José Pacheco, considera que caso seja provado que os agentes afectos à unidade da Polícia de Investigação Criminal (PIC), assassinados no fim-de-semana passado, na cidade de Maputo, foram convidados a um encontro por desconhecidos, os mesmos quebraram as normas de disciplina da corporação.
José Pacheco, citado no domingo pela “Rádio Moçambique”, explicou que quando um agente é convidado por cidadãos desconhecidos a comparecer num determinado local, deverá informar antecipadamente a sua corporação para que seja montado um sistema de protecção, independentemente dos motivos. “O trabalho da polícia é como qualquer outra actividade e exige muita disciplina.
Exige-se cumprimento das normas e quando isso não é observado pode levar a situações fatais como a destes dois agentes” disse. Pacheco acrescentou que “se provar-se que estes agentes foram convidados à zona da Marginal, então eles terão violado o princípio básico de trabalho e de operações. Eles não deveriam ter ido antes de se montar um sistema de protecção”.
Os dois agentes assassinados conhecidos por Mahoza e Mondlane estavam afectos a PIC ao nível do Comando da Cidade de Maputo, tendo sido brutalmente assassinados por indivíduos ainda a monte. Mahoza, a primeira vítima dos assassinos, foi surpreendido por criminosos na zona do Alto-Maé. Os assassinos primeiro dispararam vários tiros contra os pneus da sua viatura e, uma vez imobilizada, trataram de atirar contra ele, tendo Mahoza sucumbido a caminho do hospital.
Na tarde da última segunda-feira cerca das 15 horas, Mondlane foi a segunda vitima, quando foi baleado mortalmente ao longo da Avenida Marginal, próximo do Clube Naval, para onde se havia deslocado alegadamente ir ao encontro de um individuo desconhecido e que o havia contactado telefonicamente para “resolver um assunto”. Segundo fontes policiais, Mondlane foi o primeiro a chegar ao local combinado, tendo permanecido no interior da sua viatura enquanto aguardava pelo indivíduo que o havia contactado.
Minutos depois, apareceu um minibus do qual saíram três pessoas munidas de igual número de armas de fogo do tipo AKM-47, com as quais dispararam contra o agente da PIC que perdeu a vida após ser atingido por vários tiros em diferentes regiões da sua cabeça.
Os restos mortais de Mondlane já foram a enterrar. Actualmente, decorrem investigações sobre o caso e as autoridades policiais escusam-se a avançar mais detalhes.