O Anfiteatro da Universidade Politécnica acolheu, terça-feira, 9 de Julho, a primeira sessão de diálogo com os candidatos às eleições presidenciais, que teve como convidado Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que apresentou as principais linhas que vão nortear a sua governação, caso seja eleito no escrutínio de 9 de Outubro próximo.
Na sua apresentação, Lutero Simango explicou que o seu manifesto é constituído por um total de oito pilares, dos quais se destacam a descentralização do Estado, a separação efectiva de poderes (Legislativo, Judicial e Executivo) e a reforma constitucional, com vista à redução do que considera serem poderes excessivos da figura de Chefe do Estado.
“Vamos trabalhar no sentido de introduzir mudanças em Moçambique para que, através delas, iniciemos um processo de reformas, que visam o bem-estar comum e de todo o povo moçambicano. Estas mudanças têm em vista, acima de tudo, criar condições para que o Estado sirva melhor o cidadão. Queremos, através desta plataforma, estabelecer um compromisso com todos os moçambicanos de construirmos uma sociedade inclusiva, dialogante, participativa e reconciliada”, frisou o candidato, que ocupa a primeira posição no boletim de voto.
Sobre a iniciativa, promovida por um grupo de cidadãos reunidos no Fórum de Reflexão e Políticas Públicas (FOREPP) em parceria com a Universidade Politécnica, Lutero Simango considerou que a mesma contribui para o fortalecimento da democracia, bem como para escolhas conscientes, por parte dos cidadãos eleitores.
“O diálogo permitiu o enriquecimento do nosso manifesto. Os debates permitem que os candidatos exponham as suas ideias, e é sempre bom para a população e o povo, em geral, avaliarem quem está em condições para governar o país. Por isso, quero agradecer aos promotores desta iniciativa”, disse.
Por seu turno, o vice-reitor da Universidade Politécnica, Cristiano Macuamule, fez uma avaliação positiva desta sessão, que, para si, superou as expectativas, principalmente por ser a primeira. “Este é um espaço aberto para que qualquer cidadão possa interagir directamente com os candidatos, que apresentam as suas ideias para o desenvolvimento do país, a sua visão para o futuro da nação, caso o povo moçambicano os coloque, por via do voto, na liderança dos destinos de Moçambique”.
“Tivemos a sala composta e uma audiência considerável ao nível das plataformas digitais. Esperamos acolher os outros candidatos, dando a mesma oportunidade e as mesmas condições a fim de apresentarem aos moçambicanos a sua perspectiva para governar o país”, acrescentou Cristiano Macuamule.
Importa realçar que o diálogo com o candidato tem a duração de duas horas, durante as quais este faz a apresentação do seu manifesto, num primeiro momento, e responde, posteriormente, às perguntas do painel, composto por sete individualidades de diversas áreas (administração pública, defesa e segurança, economia, cultura, comunicação, entre outras) e do público.