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Governo encomenda quinhentas viaturas

O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, anunciou, recentemente, que as autoridades governamentais moçambicanas encomendaram cerca de 500 viaturas para transporte de passageiros, algumas das quais começam a chegar ainda este mês ao país, num esforço destinado a minimizar a escassez de transporte nesta cidade capital do pais.

“Foi feita uma grande encomenda, de cerca de 200 autocarros, 100 “mini-buses” e 200 táxis, sendo que os primeiros carros começam a chegar ao país ainda em Fevereiro corrente, para fazer face à situação de transporte na nossa cidade, que se complicou muito nos últimos dias”, disse aquele dirigente, explicando depois tratar-se de um projecto de apoio ao sector privado.

Segundo David Simango, com o início do ano lectivo de 2010, em finais de Janeiro findo, “a situação dos transportes complicou-se muito e as paragens estão cheias de pessoas, porque há poucos “chapas” em circulação, mas tomámos uma série de decisões para enfrentarmos a situação enquanto os carros não chegarem”.

Simango, que afirmou esperar que a situação de transporte estabilize até Maio próximo, com a chegada das viaturas encomendadas, referiu que os transportadores semicolectivos de passageiros estão a fazer finca-pé, exigindo que se volte a licenciar viaturas de 15 lugares, “e nós estamos a dizer que não voltaremos atrás; estamos nesta guerra, mas não voltaremos atrás”.

De acordo com o edil de Maputo, dado que no passado dia um de Fevereiro corrente começou a inspecção de viaturas em Moçambique, alguns transportadores semicolectivos de passageiros “têm medo de ir fazer a inspecção e deixam os carros no quintal, sendo por isso que não estão a aparecer muitos carros nas estradas, mas a inspecção não é para prender ou proibir de circular, pois, se a viatura for apanhada com deficiências, dáse um prazo de 60 dias para reparar a deficiência”.

“Estamos atentos ao problema dos transportes, que é muito difícil, e sabemos que o encurtamento das rotas aumentou mais nos últimos dias, porque o número de carros diminuiu”, realçou David Simango, acrescentando que o Conselho Municipal lançou já o primeiro concurso para a concessão de rotas a operadores do transporte semi-colectivo de passageiros.

A concessão de rotas visa, entre outros objectivos, disciplinar a actividade dos transportadores semi-colectivos de passageiros, que presentemente é exercida com sistemáticas violações das normas estabelecidas pelas autoridades, o que resulta em frequentes acidentes de viação. Mas para além disso há uma abordagem entre os municípios de Maputo e Matola e o Governo Central, através do Ministério dos Transportes e Comunicações , que preconiza um modelo que integre os diferentes sistemas de transporte, nomeadamente o ferroviário, rodoviário e fluvial.

“Estas soluções já estão a ser implementadas e já temos a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique a fazer o transporte de passageiros em direcção à Moamba e Manhiça, temos agora o transporte fluvial inaugurado há cerca de duas semanas, este último apesar de ainda não ter muita aderência…, mas é uma nova equação que surge em relação a esta questão dos transportes”, frisou o Presidente do Conselho Municipal de Maputo.

Entretanto, David Simango revelou existir já uma posição do Governo Central, que aceita o princípio de “partir” a empresa Transportes Públicos de Maputo (TPM) em duas empresas, uma para Maputo e a outra para a vizinha cidade da Matola, “e neste momento estamos a discutir os aspectos práticos da repartição dos bens e de gestão dos recursos humanos entre as duas cidades”.

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