O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, considera que a manutenção periódica das estradas e a alocação de recursos para a realização de intervenções de melhoria, como o alargamento das vias e a criação de zonas específicas para pedestres e ciclistas, devem ser uma prática permanente no sector para a segurança e a fluidez do tráfego no transporte de pessoas e bens para o desenvolvimento económico e bem-estar.
Carlos Mesquita falava a jornalistas no briefing, em Gaza, na quinta-feira, 28 de Março, durante a visita de dois dias que efectuou no âmbito da passagem do ciclone Filipo e das chuvas que caíram no último fim-de-semana.
Na ocasião, o governante referiu que o País está em negociação com o Governo chinês para financiar a reabilitação e alargamento do troço Marracuene-Xai-Xai, estimada entre 140 e 150 milhões de dólares norte-americanos. Ainda no que diz respeito à Estrada Nacional Número 1 (EN1), existem cerca de 27 quilómetros que se encontram numa fase avançada do processo de licitação das obras, financiadas pela Arábia Saudita, que compreende os troços Zimpeto-Benfica e 3 de Fevereiro-Incoluane.
Durante a sua visita à província de Gaza, Carlos Mesquita visitou o dique de Xai-Xai, que está em obras de emergência desde o mês de Fevereiro último, cuja infraestrutura se encontra em estado crítico em resultado da erosão e das cheias que assolaram aquela cidade nos anos 2022 e 2023, incluindo 2024. Estimadas em cerca de 130 milhões de meticais, as obras estão a 15% de execução no troço Centro de Saúde de Xai-Xai-Chilaulene, com cerca de 1.5 quilómetros de extensão, sendo que a infraestrutura tem um total de 73 quilómetros.
Ainda na província de Gaza, estão em curso obras de emergência em locais críticos do dique de Chókwè, afectados pelas cheias cíclicas que têm assolado aquele distrito em particular. Trata-se das secções de Chissime, Machua, Matuba e Chilembene, com um total de 1.5 quilómetros de extensão. As obras estão estimadas em 136 milhões de meticais, com 15% dos trabalhos actualmente executados no terreno.
Em relação às obras de emergência, Carlos Mesquita referiu que as mesmas estão inseridas no projecto CERC, que abrange não só o sector de obras públicas, mas também a área social e agrícola. “Foram cerca de sete meses em que estivemos a trabalhar profundamente na preparação dos projectos, lançamento dos concursos, avaliação e adjudicação. Nas últimas semanas houve um conjunto de obras que arrancaram”, explicou.
Em relação ao dique de Xai-Xai, o governante sublinhou que o mesmo se encontra numa situação crítica: “Se esta época chuvosa fosse crítica como a do ano passado, certamente não restaria nada do que ainda se pode ver na infraestrutura. Estas infraestruturas não têm só a ver com a segurança das cidades ou zonas em que estão localizadas, mas também com a das zonas produtivas. Os produtores precisam dessa protecção para poderem executar os seus trabalhos com maior segurança”.
A par das obras de emergência, Carlos Mesquita revelou já ter sido feito o levantamento do que é necessário para a reabilitação não só do dique de Xai-Xai, mas também os de Incomáti e Nante.