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Assegurado co-financiamento da segunda fase do projecto de reabilitação do sistema de drenagem da cidade da Beira

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O Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, e o Reino dos Países Baixos assinaram, sexta-feira, 1 de Março, na cidade de Maputo, um acordo de co-financiamento da segunda fase do projecto de reabilitação do sistema de drenagem da cidade da Beira, província de Sofala, no valor de 33.9 milhões de euros.

O projecto faz parte de um pacote de resposta às necessidades de curto e longo prazos. após a passagem dos ciclones Idai e Kenneth, que assolaram com maior intensidade as províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Cabo Delgado, em 2019, exacerbando as vulnerabilidades já existentes. Foi nesse sentido que o Governo, com o apoio do Banco Mundial, criou um pacote que incluía o projecto de emergência e recuperação resiliente, que se concentrou nas necessidades de construção de resiliência, a médio e longo prazos para a cidade da Beira e outras áreas afectadas.

“Esta colaboração resultou no acordo de financiamento de cerca de 123 milhões de dólares, para a reabilitação do sistema de protecção costeira e da segunda fase de reabilitação do sistema de drenagem, na cidade da Beira, para o qual o Governo do Reino dos Países Baixos co-financia em 50%, equivalentes a cerca de 30 milhões de dólares norte-americanos para cada um dos dois projectos”, explicou o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, para quem este apoio vai contribuir para o reforço da resiliência climática daquela urbe.

Por seu turno, a embaixadora do Reino dos Países Baixos em Moçambique, Elsbeth Akkerman, referiu que as obras de reabilitação do sistema de drenagem e protecção costeira vão conferir, à cidade da Beira, maior resiliência contra as inundações causadas pelas chuvas e águas do mar.

“Ambas as obras de infraestruturas são soluções baseadas na natureza. São soluções sustentáveis, que os Países Baixos estão a promover em todo o mundo, pelo que estes projectos são da maior importância para nós”, disse a diplomata, que apelou à operação e manutenção eficazes dos sistemas com vista à maior durabilidade e protecção a longo prazo da população.

Na ocasião, o presidente do conselho municipal da Beira, Albano Carige, referiu que as obras vão consistir na reabilitação e revestimento do sistema de drenagens, culminando com a construção da segunda bacia de retenção das águas pluviais.

“Como é sabido, a cidade da Beira está abaixo do nível das águas do mar e, para podermos nos livrar das inundações, precisamos de sete bacias. Com este projecto, vamos avançar com a segunda unidade. Estamos a falar de uma extensão de cerca de 12 quilómetros de vala de drenagem, que vai garantir o encaixe das águas que vêm das chuvas”, frisou.

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