O tráfego aéreo internacional de passageiros em 2009 registrou uma queda sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, informou na quarta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que considera, no entanto, que os piores momentos já ficaram para trás.
“No que diz respeito à demanda, 2009 ficará registrado nos livros da história como o pior ano que o sector já conheceu”, afirmou o director da IATA, Giovanni Bisignani, calculando que um atraso de 2,5 a 3,5 anos em termos de crescimento previsto.
Em 2009, a demanda do transporte aéreo para passageiros cedeu 3,5% em um ano, com uma taxa média de ocupação dos aviões de 75,6%, segundo a IATA, que representa 230 companhias aéreas, ou seja, 93% do tráfego aéreo internacional.
O tráfego de carga, muito afectado pela desaceleração do comércio mundial, perdeu 10,1% em relação a 2008, com uma taxa de ocupação de 49,1%. Em ambos os casos, a queda da demanda é a mais importante registrada desde o fim da guerra, e prevê que as companhias aéreas perderão 11 bilhões de dólares (7,8 bilhões de euros) em 2009 devido à crise económica.
No entanto, constatou uma melhoria nos últimos meses do ano. Esta se concretizou através de um aumento da demanda do tráfego aéreo de passageiros de 4,5% em um ano, em dezembro de 2009, e de 1,6% em relação ao mês anterior.
Em compensação, a demanda do tráfego de carga aumentou 24,4% em Dezembro de 2009 em relação a dezembro de 2008, quando foi particularmente fraco, segundo a IATA, que, no entanto, espera um aumento dos volumes de carga nos próximos meses.