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Após tentativa de atentado em voo, EUA aumentam medidas de segurança

O governo dos Estados Unidos abriu investigação e ordenou o aumento da segurança nos aeroportos, depois que na sexta-feira um jovem nigeriano, que afirmou ter vínculos com a rede terrorista Al-Qaeda, tentou explodir uma bomba a bordo de um avião americano que voava entre Amsterdão e Detroit.

Washington também pediu às companhias aéreas de todo o mundo a adoção de medidas de segurança adicionais, anunciaram as autoridades antiterroristas holandesas. O terrorista foi identificado pela imprensa americana como Abdul Faruk Abdumutallab, um nigeriano de 23 anos. Ele teria afirmado ao FBI que tem vínculos com a Al-Qaeda.

Ele foi contido pela tripulação e alguns passageiros durante o voo e detido quando a aeronave, um Airbus A330 da companhia americana Northwest Airlines que fazia o voo entre Amsterdã e Detroit, pousou na cidade americana com 278 passageiros. O incidente deixou alguns passageiros com ferimentos leves e o autor da tentativa frustrada de atentado com queimaduras de segundo grau. Segundo a imprensa, o nigeriano teria afirmado que fixou em uma das pernas um pó explosivo que pretendia detonar ao misturar o mesmo com produtos químicos que levava dentro de uma seringa.

A Casa Branca e congressistas americanos confirmaram que o incidente foi uma tentativa de ataque terrorista, e o presidente Barack Obama ordenou mais rigor nas medidas de segurança nos aeroportos. Obama passa as festas de fim de ano no Havaí, onde foi informado da tentativa de ataque e ordenou a adoção de todas as medidas necessárias para reforçar a segurança aérea. Até o momento a agenda do chefe de Estado não foi modificada.

A tentativa de ataque aconteceu pouco antes de 12H00 de sexta-feira, quando o voo 253 se preparava para aterrissar após uma viagem de nove horas, segundo os passageiros. As testemunhas afirmaram que conseguiram conter o suspeito em poucos segundos depois de ver fogo dentro do avião. “Aconteceu uma explosão e todos ficaram um pouco surpresos”, contou Syed Jafry ao canal CNN.

“Depois de alguns segundos houve um pouco de luz, como a produzida por chamas, e depois vimos fogo. Muitos passageros correram para o local com água, extintores”. “Havia um jovem que estava três ou quatro bancos atrás de mim e controlou bem o suspeito”, disse Jafry, que estava três fileiras à frente do terrorista. Uma passageira canadense disse que temeu pela vida.

“O homem estava queimando e as chamas eram tão altas que quase atingiram o teto do avião”, declarou Shama Chopra ao jornal The Montreal Gazette. “Pensei que todos morreríamos. Graças a Deus o avião pousou”. Segundo a CNN, que citou um documento dos serviços de segurança americanos, o nigeriano afirmou aos investigadores ter adquirido o explosivo no Iêmen e que recebeu ordens sobre quando utilizar o mesmo.

No momento as autoridades antiterroristas trabalham com a hipótese de que Abdumutallab agiu sozinho. De acordo com a imprensa, ele figurava em uma lista de pessoas que deveriam ser vigiadas. Não era considerado, no entanto, particularmente ativo, o que explica o fato de não ter sido proibido de embarcar em um voo para os Estados Unidos. Após o incidente, o governo dos Estados Unidos pediu às companhias aéreas de todo o mundo medidas de segurança adicionais, anunciaram as autoridades antiterroristas holandesas, país de onde decolou o voo da Northwest Airlines, operado pela Delta, com destino a Detroit.

O governo da Nigéria abriu uma investigação neste sábado e prometeu cooperar com os Estados Unidos. “Foram adotadas medidas para verificar a identidade do suspeito e suas motivações. Nossas agências de segurança vão cooperar totalmente com as autoridades americanas na investigação”, declarou a ministra nigeriana da Informação, Dora Akunyili.

A polícia britânica informou que realiza operações em Londres como parte da colaboração com as autoridade americanas. Vários meios de comunicação informaram que o jovem nigeriano seria estudante de Engenharia na University College de Londres (UCL).

O Departamento de Segurança Interna informou na sexta-feira que os passageiros de voos domésticos e internacionais serão submetidos a medidas de segurança suplementares. A segurança a bordo dos aviões americanos foi reforçada ao máximo depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o que no entanto não impediu novas tentativas de ataques.

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