Afonso Dhlakama, líder do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, poderá deslocarse, próxima semana, a Maputo, alegadamente para se reunir com alguns embaixadores europeus acreditados no país.
Segundo uma fonte daquela formação politica citada pelo jornal “O País”, o objectivo desta deslocação de Dhlakama, ora residente na província nortenha de Nampula, é de se reunir com o corpo diplomático acreditado em Maputo com quem irá conversar sobre as eleições gerais realizadas em Outubro passado no país. Estas eleições são contestadas pela Renamo, considerando estarem feridas de irregularidades.
Mas o seu recurso foi rejeitado pelo Conselho Constitucional (CC), o órgão com a última palavra sobre os processos eleitorais do país. “Ele vem deixar claro aos embaixadores que o seu partido não pretende levar a cabo manifestações violentas, mas sim pacíficas e que visam pressionar a Frelimo a reconhecer que houve fraude eleitoral”, disse a referida fonte da Renamo.
A fonte acrescentou que Dhlakama vai ainda avançar com conversações directas tendentes à formação de um governo de transição. Este governo, indicou a fonte, será responsável pela despartidarização das instituições do Estado para depois organizar-se eleições ‘livres e transparentes em Moçambique’. Oficialmente, a Renamo perdeu as eleições do dia 28 de Outubro passado a favor Frelimo e seu candidato presidencial, Armando Guebuza, que obtiveram cerca de 75 por cento dos votos quer nas legislativas como nas presidenciais. A Renamo e seu candidato, Afonso Dhlakama, averbaram os piores resultados da história eleitoral de Moçambique multipartidário, ao conseguirem apenas 17,68 por cento e 16,41 por cento dos votos, respectivamente.