Noventa e seis refugiados da Costa do Marfim do campo de Avépozo, a sudeste da capital togolesa, Lomé, foram voluntariamente repatriados, quarta-feira (30), por via terrestre para Abidjan, capital económica da Costa do marfim, soube-se de fontes oficiais.
Os 96 refugiados, dos quais 43 homens e 53 mulheres, incluindo crianças, aceitaram regressar ao país por acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e os Governos ivoiriense e togolês. Assim, dos seis mil refugiados da Costa do Marfim registados no Togo, já foram repatriados 1.112 pessoas.
Muitos desses refugiados aceitaram ser repatriados logo depois do fim do conflito armado pós-eleitoral no seu país, mas outros ficaram no Togo alegando razões de segurança. Os refugiados que levavam a cabo actividades subversivas foram extraditados, enquanto outros pretendem viajar para os Estados Unidos ou o Canadá.
Estes últimos organizavam regularmente manifestações violentas, às vezes reprimidas pelas forças da ordem, como em maio passado, quando destruíram e incendiaram vários dos seus abrigos para manifestar a sua fúria perante a impossibilidade de o ACNUR satisfazer as suas exigências.