As operações de socorro para encontrar sobreviventes depois do desabamento, sexta-feira passada, dum prédio num bairro de Lagos, a capital económica da Nigéria, terminaram com um balanço de 80 mortos e 131 sobreviventes.
A Agência Nacional de Gestão das Situações de Emergência e a Agência de Gestão das Situações de Emergência do Estado de Lagos anunciaram ter atingido o « ground zero », o que põe oficialmente termo às operações de socorro, noticia esta sexta-feira o diário local Punch.
Alguns sobreviventes foram tratados e saíram do hospital, enquanto outros continuam a receber cuidados devido a lesões de gravidade varíavel. A maioria das vítimas do desabamento dum edifício de cinco andares pertencente à Synagogue Church é de nacionalidade sul-africana.
Segundo as autoridades de Pretória, 67 cidadãos sul-africanos morreram na tragédia.
O Governo do Estado de Lagos abriu um inquérito depois deste acidente para saber se as autoridades da igreja receberam a autorização necessária para efetuar trabalhos de extensão do prédio de dois para cinco andares. Contudo, a igreja insistiu que este desabamento se deve a « um ataque » contra a igreja e o seu pastor, mais conhecido por T.B. Joshua.
« A igreja considera que esta tragédia se inscreve no quadro dum ataque contra a Synagogue Church of All Nations e, em particular, contra o profeta T.B. Joshua. No momento oportuno, Deus dará a conhecer os autores desta infeliz tragédia », declarou a igreja na sua primeira declaração depois do acidente.
Domingo, o pastor mostrou à congregação um vídeo dum “avião estranho” que sobrevoou o edifício várias vezes antes do seu desabamento como a prova do « ataque » levado a cabo contra a igreja. No entanto, segundo analistas, o avião pode ter estado à espera antes de aterrar no aeroporto internacional Murtala Mohammed, localizado próximo do edifício.
O pastor Joshua é muito adorado pelos Nigerianos e pelos estrangeiros devido às suas alegadas curas milagrosas, nomeadamente de pacientes que sofrem de doenças em fase terminal.