Pelo menos 51 pessoas foram mortas na onda de assassinatos perpetrados nas duas cidades líbias de Benghazi e Dura, no leste do país, durante os últimos 12 meses, segundo a organização de defesa dos direitos humanos “Human Rigths Watch (HRW)”.
Entre as vítimas figuram o ativista político e defensor dos direitos humanos Abdel Salam al-Mismari, dois magistrados e 44 elementos das forças de segurança, indica Human Rights Watch, que deplora que nenhuma sanção tenha sido aplicada contra estes atos de violência.
No seu relatório semestral divulgado na semana passada, a organização “Amnistia Internacional (AI)” criticou, por seu turno, as atividades das milícias formadas por ex-rebeldes que violam os direitos dos apoiantes do ex-regime ou dos que com este trabalharam.
A AI criticou igualmente os metodos das milícias, que “continuam a deter todos os que são suspeitos de ser apoiantes de Kadafi ou os que combateram ao seu lado”.
“Estes são raptados nas suas casas, nos seus locais de trabalho ou ainda nas ruas e o local de detenção de alguns continua desconhecido dos seus parentes”, deplora a organização. Cita como exemplo o rapto de Bachir Badaoui, antigo chefe da Administração das Investigações Criminais em Tripoli, e juntamente com o seu filho Hissam, de 19 anos de idade, ambos raptados por homens armados em abril passado. O filho foi liberto, cinco dias depois do seu rapto, enquanto o seu pai continua detido num local desconhecido, apesar de esforços da sua família para o encontrar.