A Universidade Politécnica, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo e a Universidade do Minho (Portugal), promove, entre os dias 26 e 27 de Novembro, em Maputo, o Congresso Internacional sobre Cultura e Turismo, sob o lema “Cultura e Turismo como Factores de Desenvolvimento Nacional, Promoção da Paz e Aproximação Entre Nações”.
O evento vai reunir académicos, investigadores e profissionais das áreas de estudos culturais, turismo, comunicação, e de outras áreas das ciências sociais e humanas, e enquadra-se na missão do Ministério da Cultura e Turismo de fazer do sector um instrumento ao serviço do desenvolvimento social e económico, através da consolidação da moçambicanidade, da consciência patriótica, da identidade e unidade nacional, da educação artística e da prática do turismo sustentável.
Conforme explicou a pró-reitora para a Área de Pós-Graduação, Investigação Científica, Extensão Universitária e Cooperação da Universidade Politécnica, Rosânia da Silva, o que se pretende com a conferência é criar um ambiente e espaço de debate académico sobre a cultura e o turismo.
“A ligação das duas universidades (Universidade Politécnica e Universidade do Minho) visa a promoção de um espaço de discussão e produção de conhecimento científico e o debate de ideias para a definição de políticas públicas e elaboração de estratégias do sector da cultura e turismo. A ideia é sairmos do debate político sobre estes temas e darmos um salto para um conhecimento mais estruturado, científico, baseado em estudos e comprovações”, sublinhou Rosânia da Silva.
Para o Governo, este congresso constitui uma plataforma de aproximação entre os decisores e a sociedade civil, tais como a academia, os fazedores da cultura e do turismo. De acordo com o secretário permanente do Ministério da Cultura e Turismo, Domingos Artur, o evento vai contribuir para a definição, por parte do Governo, de políticas informadas, com conhecimento e evidências sobre as dimensões e substractos da cultura e do turismo.
“O Governo guia-se pela produção científica para que as políticas que são elaboradas tenham um fundamento que nos dê garantias de que estamos a caminhar no bom sentido”, referiu Domingos Artur, para quem “há necessidade de nos reinventarmos e fazermos com que os produtos artísticos e criativos tenham mercado e uma dimensão económica”.
Durante o congresso, está prevista a participação de mais de 300 pessoas, entre oradores e convidados, alguns dos quais provenientes de Portugal, Brasil e Espanha. Para além da sessão solene de abertura, o evento inclui sessões plenárias e temáticas, durante as quais serão feitas diversas apresentações sobre a cultura e o turismo.
Do debate sobre o papel da cultura e do turismo no desenvolvimento nacional, na promoção da paz e na aproximação entre as nações, espera-se que seja produzido conhecimento científico sobre ambos os sectores e o seu papel nos países em desenvolvimento, bem como o aprofundamento do debate sobre a relação entre a cultura e o turismo e o seu papel no desenvolvimento nacional.
O turismo é parte integrante dos estilos de vida do nosso tempo, com a mobilidade geográfica e o usufruto cultural a desempenharem um papel central. E ao mesmo tempo, em muitos países e regiões, constitui um sector económico essencial, porque dele depende muitas vezes o crescimento. Foi, aliás, deste modo que as políticas na área do turismo se tornaram veículos decisivos para políticas económicas sustentáveis.