Os confrontos que opuseram, segunda-feira (16), em Brazzaville, capital congolesa, as forças da ordem a elementos próximos do antigo secretário do Conselho Nacional de Segurança (CNS), coronel Marcel Tsourou, fizeram 22 mortos, segundo um novo balanço emitido, terça-feira, pela morgue municipal de Brazzaville.
“Vinte e dois corpos chegaram-nos do local dos confrontos”, indicou um agente da morgue municipal, que solicitou o anonimato. Concentrados na residência do coronel Marcel Tsourou, os confrontos, de armas ligeiras e pesadas, opuseram o Exército à Guarda deste antigo secretário-geral adjunto do Conselho Nacional de Segurança.
A calma voltou a Brazzaville pouco depois do início destes violentos confrontos. As administrações públicas e privadas, os mercados e as lojas, encerrados, segunda-feira, de repente depois destes confrontos, retomaram as suas atividades esta terça-feira de manhã, mas alguns estabelecimentos escolares continuaram encerrados por falta de alunos.
“Esperamos há mais de uma hora, mas os alunos não chegam. Certamente os pais estão traumatizados pelos eventos de ontem. Todos os professores vieram”, deplorou a directora duma escola privada, Alphonsine Kanga.
O coronel Tsourou foi condenado, a 9 de Setembro último, a cinco anos de trabalhos forçados suspensos no caso das explosões mortíferas ocorridas a 4 de março de 2012 em Brazzaville. Estas explosões fizeram oficialmente cerca de 300 mortos, dois mil e 300 feridos e 17 mil deslocados.