Dezanove pessoas mortas, 50 feridas e quatro dadas como desaparecidas é o balanço provisório da chuva que caiu esta semana sobre a capital angolana, Luanda, revelou quinta-feira o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB).
De acordo com o porta-voz do SNPCB, Faustino Sebastião, o número de vítimas poderá aumentar, uma vez que ficaram inundadas centenas de casas, e mais de 800 famílias encontram-se desalojadas e enquanto 20 residências desabaram.
Faustino Sebastião disse à agência angolana de noticias (Angop) que os municípios mais afetados são os de Viana, Cacuaco, Belas, Cazenga e os distritos urbanos da Ingombota, Kilamba Kiaxi, Rangel e Maianga.
Sublinhou que os apoios continuam a ser disponibilizados pelas administrações locais, desde a montagem de abrigos e a entrega de bens de primeira necessidade, principalmente às famílias desalojadas, assim como para a realização dos funerais.
Apelou às pessoas que permanecem ao longo das valas de drenagem para abandonarem estes locais, pois colocam em perigo a própria vida.
O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) esclarece que o impacto do fenómeno El Niño no país está na base do registo das chuvas intensas e frequentes que ocorrem atualmente em várias regiões de Angola.
Com ocorrência na região equatorial do Oceano Pacifico, o El Niño afecta a circulação geral da atmosfera, com forte impacto sobre a precipitação, o que provoca inundações em algumas áreas e seca ou estiagem nas outras.
Diante da situação, nesta época, as inundações resultantes dos transbordos de rios e chuvas intensas que se verificam em algumas áreas do território nacional associam-se à observância de tal fenómeno, acrescenta o Instituto.
Entretanto, recorda, na zona sul de Angola, onde a chuva se iniciou mais tarde, após um longo período de estiagem, já se registam quedas pluviométricas significativas desde meados de Dezembro último, excepto na província do Cuando Cubango.