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16 milhões de pessoas expostas à insegurança alimentar na África Ocidental

Dezasseis milhões de pessoas estão expostas à insegurança alimentar na África Ocidental Saheliana, deplora um documentos de base da oitava reunião do Comité sobre Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável iniciada, Segunda-feira (19), em Addis Abeba.

Na zona saheliana da África Ocidental, «mais de 16 milhões de pessoas estão expostas à insegurança alimentar e mais de um milhão de crianças menores de cinco anos de idade podem ser vítimas de desnutrição aguda grave», indica este documento a que a PANA teve acesso.

Das 16 milhões de pessoas em situação de risco, oito milhões estão confrontadas com uma insegurança alimentar crítica e poderão precisar de ajuda alimentar de emergência em 2012, sublinha o documento.

Nesta zona, em 2012 milhões de pessoas foram afectadas por uma nova crise alimentar e nutricional, devido à combinação da seca, dos preços elevados dos cereais, da diminuição das transferências de fundos, da degradação do ambiente, dos deslocamentos de população, da pobreza crónica e da vulnerabilidade, indica o documento.

Segundo peritos, as causas da fome e da desnutrição na região saheliana de África são profundas e complexas. O subdesenvolvimento crónico e as múltiplas séries de seca registadas nestes últimos anos acabaram por tornar as populações vulneráveis, mesmo aos choques de fraca amplitude.

Precipitações inferiores à média e défices de produção hortícola em 2011 tiveram por efeito a redução da disponibilidade dos produtos alimentares e de pasto para o gado em várias partes do Sahel, onde várias famílias vulneráveis estão a restabelecer-se dos efeitos da crise alimentar de 2009 a 2010.

Os níveis de desnutrição aguda global oscilam regularmente entre 10 e 15 porcento na região e algumas localidades excedem o limite de urgência de 15 porcento estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a situação da segurança alimentar no Sahel é “alarmante”, devido a chuvas insuficientes e ao défice hídrico registado durante a estação das chuvas.

As previsões estabelecem a produção cerealífera em 2011-2012 em 55 milhões 400 mil toneladas, ou seja oito porcento menos do que no ano precedente, que foi considerada boa.

Os países mais afectados por este défice de produção cerealífera são a Gâmbia (56 porcento), o Tchad (49 porcento), o Senegal (36 porcento), o Níger, a Mauritânia (34 porcento) e o Burkina Faso (20 porcento).

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