Cerca de 14% de um total de 662 licenças de exploração de madeira em toros emitidas ao longo do primeiro semestre de 2012 já foram inutilizados devido à falta de vias de acesso para o escoamento daquele produto estratégico nas exportações moçambicanas.
As licenças correspondiam a uma área total de 117.468 metros cúbicos de madeira em toros, segundo a Direcção Nacional de Terra e Florestas do Ministério da Agricultura, ajuntando, entretanto, que no período em análise foram escoados pouco mais de mil metros cúbicos de madeira em toros, em todo o país.
As províncias de Sofala, Zambézia e Cabo Delgado foram as que registaram maior volume de licenciamento de exploração de madeira em toros, com cerca de 28%, 17% e 16%, respectivamente, situação que ficou a dever-se à maior procura deste recurso para os mercados nacional e internacional.
Por outro lado, a Direcção Nacional de Terras e Florestas realça que 38% das 662 licenças emitidas são em regime de concessão florestal, num esforço daquele sector com vista “à redução do número de operadores florestais em regime simples por forma a garantir maior sustentabilidade na exploração da madeira em Moçambique”.
Entretanto, foi revisto nos princípios do presente ano de 2012 o Regulamento de Florestas e Fauna Bravia que determinava o potencial existente de recursos florestais, espécies passíveis de exploração, bem como a responsabilidade social e ambiental dos operadores do ramo.
Produção
O volume total de produção de madeira no primeiro semestre de 2012 foi de cerca de 5,7 milhões de metros cúbicos, contra perto de 96.631 no período homólogo de 2011, com as províncias de Sofala, Gaza e Zambézia na dianteira, de acordo ainda com a Direcção Nacional de Terras e Florestas.
O aumento de produção deve-se à dinâmica do mercado doméstico e internacional e incremento da produção de madeira serrada, postes, parquetes, travessas e folheados, estes três últimos recursos com mercado garantido na vizinha África do Sul, conclui fonte documental daquela instituição